A mão que segura e a que se eleva no ar

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Exposição A mão que segura e a que se eleva no ar, curadoria de Pessoa Colectiva, Rampa, Porto

Obras de Mafalda Santos em exposição na Rampa, para a exposição “A mão que segura e a que se eleva no ar” com curadoria de Pessoa Colectiva (Mafalda Santos e Susana Gaudêncio) e a participação das artistas Isabel Baraona, Mafalda Santos e Susana Gaudêncio.

As Ruas do Porto#1 e #2 (2020) – Díptico realizado a partir de arquivo fotográfico de graffiti encontrados nas ruas do Porto entre 2018 e 2020. Os fragmentos de tags e outros graffiti que emergem à superfície destes trabalhos procuram revelar as tensões identitárias e de género que usam a rua como palco. O título procura estabelecer um paralelo com a obra As ruas de Lisboa de Ana Hatherly de 1977.

Bucólica, hoje / As forças da repressão / Protegida e obediente (2020)– Tríptico realizado a partir de excertos do livro Histórias que as mulheres contam- Testemunhos reais de Isabel do Carmo (2014) do qual foram destacados três testemunhos anónimos de mulheres contemporâneas que revelam ecos de um passado marcado por trauma e desigualdade. Nas palavras de Isabel do Carmo: “Foi no espaço público que as mulheres conquistaram direitos. No entanto, tudo foi mais difícil e lento no espaço privado.”

A mão que segura e a que se eleva no ar toma a poesia, a palavra e a arte como meios de resistência e liberdade, e como mote o conceito de escrita-imagem de Ana Hatherly. Reúne três artistas nas suas diferentes vozes, unidas pela mão inteligente de Ana. A filiação não envolve um tributo, indica sim uma celebração. Susana, Mafalda e Isabel sob o signo da artista, mãos firmes, que seguram e fixam linhas, revoluções da imagem e do texto.
Desenhar e escrever, seja figura ou palavra, a mão executa uma acção hipnótica e muitas vezes de natureza mágica. Diz Paulo Pires do Vale que essa fronteira “é lugar de metamorfose, entre o texto como imagem e o desenho como escrita”. A mão é acção, faz surgir sobre uma superfície algo que era até então invisível e silencioso. Traça linhas negras e encantadas nesse lugar reserva da imaginação. A criação poética existiu sempre como meio de resistência. Já o discurso político do status quo, que apresenta como característica uma voz única e mono direccionada, apoia-se num significado denotativo da linguagem, onde a ambiguidade deve estar ausente. O acto artístico faz de nós seres voltados para a construção do futuro, transformando o nosso presente de múltiplas formas, sendo aqui, cremos, que arte e utopia se relacionam.

Pessoa Colectiva, 2020

Nem Luz Nem Sombra, A mão que acolhe, visita guiada por Sónia Neves à exposição A mão que segura e a que se eleva no ar, com as artistas Isabel Baraona, Mafalda Santos e Susana Gaudêncio com curadoria de Pessoa Colectiva (Mafalda Santos e Susana Gaudêncio).

Exposição patente de 14 de Fevereiro a 30 de Maio de 2020, no espaço cultural Rampa no Porto.

Veja aqui imagens da inauguração da exposição “A mão que segura e a que se eleva no ar

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