Mafalda Santos artista | Rampa | Egídio Álvaro

LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES 
2ª PARTE: GALERIE DIAGONALE
04.05 a 07.05.2020

Participo neste segundo momento da programação em torno do arquivo de Egídio Álvaro, com curadoria de Paula Parente Pinto, com uma obra inédita intitulada “Votre travail est-il un nouveau langage artistique? Pourquoi?”, no espaço Rampa, Porto.

No sábado 7 de Maio, às 18.30h vai ser apresentada a performance “Envelope Surpresa” de Albuquerque Mendes seguida de conversa com Gerardo Burmester.

Ainda em exposição estão obras de João Leal & Cesário Alves e artistas documentados no arquivo:  Alain Snyers, Albuquerque Mendes, Barbara Heinisch, Armando Azevedo, Gonçalo Duarte, Jacques Guheo, Karl Iro, Manoel Barbosa, Miguel Yeco, entre outros.

Gerardo Burmester, Egídio Álvaro, Albuquerque Mendes
Depois de conhecer o novo director da Secretaria Portuguesa do Turismo em Paris, em 1977, Egídio Álvaro organizou várias exposições nessa pequena galeria na rue Scribe, que tinha por ambição transformar-se num centro de arte portuguesa. Esse espaço toma de imediato o nome DIAGONALE e Egídio Álvaro acaba por assumir a sua programação como uma primeira fase da direcção da sua galeria. A partir de Abril de 1977 apresenta: uma colectiva –“Le Fil Conducteur” (19 abril – 5 maio), com Henrique Silva, Natividade Correa, Vítor Fortes, Graça Morais e Jaime Silva e três exposições individuais – Carlos Carreiro (10-30 maio), João Dixo (31 maio-20 junho) e Sérgio Pombo (30 junho-16 julho). O Adido Cultural Português acaba por alegar o fecho da galeria da Secretaria Portuguesa do Turismo para a realização de obras (aparentemente não voltando a abrir), mas em 1978 Albuquerque Mendes (9-31 maio) ainda inaugurou uma exposição individual na Galerie Diagonale/ Rue du Scribe. 
Já em 1979, o Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian (Paris) inicia um ciclo dedicado aos seus bolseiros e Egídio Álvaro propõe algumas exposições e escreve alguns textos. São exemplo os textos para o catálogo de Jaime silva (Jun-Julho 1978), Gonçalo Duarte (Maio 1979) e de João Dixo (Abril 1979). A Fundação Calouste Gulbenkian decide igualmente terminar este ciclo de bolseiros e a exposição de Miguel Yeco, que estava programada há 7 meses, é cancelada, depois da administração da Gulbenkian ter decidido que não queriam performances no seu centro cultural.  
Com a colaboração de um amigo, Egídio Álvaro encontrou um espaço com um pequeno jardim num pátio em Montparnasse. As actividades da nova Galeria Diagonale, 10 Boulevard Edgar Quinet (75014 Paris), que abriu imediatamente no dia 25 de Abril de 1979, iniciaram com a exposição e performance que Miguel Yeco tinha visto cancelada na Gulbenkian. Na capa do catálogo, o nome da Fundação Calouste Gulbenkian aparece cancelado com uma cruz, mas a marca foi transposta da capa do dossier enviado por Miguel Yeco para a Gulbenkian. 
Muitos artistas portugueses acabam por expor na Galerie Diagonale até aos anos 90: Da Rocha, Armando Azevedo, Manoel Barbosa, Albuquerque Mendes, Elisabete Mileu, Gerardo Burmester, Miguel Yeco, António Barros, Natividade Correa, Carlos Gordilho, Luís Garcia, António Olaio, entre muitos outros. Mas Egídio Álvaro identificava a Galerie Diagonale como um “lugar de encontros internacionais”, expandindo a sua programação dentro e fora da galeria, por festivais organizados por si ou em parceria com outras instituições culturais. Vocacionada para a performance, apresentou instalações, exposições, arte postal, dança, música, fotografia, vídeo e foi palco de muitos debates.  
Como o nome indica, a galeria DIAGONALE assumiu-se como lugar de investigação, de encontros e trocas, encruzilhada de linguagens disruptivas, superfície de revelação de clivagens, sem fronteiras, pela criação total e circulação sem entraves.  
PROGRAMAÇÃO
21 abril – 24 abril 2022 
CICLO INTERNACIONAL PERSPECTIVA 74 

Artistas documentados no arquivo: Tomek Kawiak, Yokoyama, Alberto Carneiro, Roland Miller e Shirley Cameron, Jacques Pineau, Da Rocha, Pierre-Alain Hubert, Miloslav Moucha, Manuel Alvess, João Dixo, Robin Klassnick e Serge III Oldenbourg. 


21 abril | 19H
PERFORMANCE 
António Olaio, “Starship Diagonale” (15′) seguido de conversa com o artista e a curadora
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4 maio – 7 maio 2022 
GALERIE DIAGONALE 

Artistas documentados no arquivo: Alain Snyers, Albuquerque Mendes, Barbara Heinisch, Armando Azevedo, Gonçalo Duarte, Jacques Guheo, Karl Iro, Manoel Barbosa, Miguel Yeco, entre outros.
Apresentação de obra inédita de Mafalda Santos, João Leal & Cesário Alves

7 maio | 18:30H 
PERFORMANCE 
Albuquerque Mendes, “Envelope Surpresa” (15′) seguida de conversa com o artista e Gerardo Brumester, mediada pela curadora. 

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11 maio – 21 maio 2022 
CORPO MANIFESTAÇÃO
 
Artistas documentados no arquivo: Ção Pestana, Chantal Guyot, Chaterine Méziat, Elisabete Mileu, Elisabeth Morcellet, Natascha Fiala, Orlan, Tara Babel, entre outras.

Apresentação de obra inédita de Isabel Carvalho

14 maio | 9:00-21:00H
PERFORMANCE 
Vânia Rovisco /Recriação de performance de Elisabete Mileu seguida de conversa com  a artista, Rita Barreira e Cláudia Madeira, mediada pela curadora

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25 – 28 maio 2022 
O ÂNGULO RECTO FERVE A 90º (Porto, 1987) 

Artistas documentados no arquivo: António Olaio, Arka, Balbino Giner, Bruce Gilchrist, Lucia King, Marcelle Van Bemelle, Marie Kawasu, Rui Costa, Silvestre Pestana, entre outros.

Apresentação de obra inédita da Oficina Arara

28 maio | 19:00H 
PERFORMANCE 
NU NO
Diogo Tudela

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1 junho -11 junho 2022
DESTAQUE: WEB SITE “PERFORMING THE ARCHIVE” 


3 junho | 19:00H
CONVERSA
Becas, Pedro Oliveira e Silvestre Pestana mediada pela curadora

8 junho | 16:30H
CONVERSA 
Maria João Brilhante, Ana Bigotte Vieira e João Sousa (designer website) 




Este programa tem o apoio Criatório/CMP e Direção Geral das Artes


RAMPA
Rua do TREM, n.º 5, 8000-304 Faro
[𝗘𝗻𝘁𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗟𝗶𝘃𝗿𝗲]

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