Vai e Vem e Vem e Vai

CATEGORIA: CATEGORY: Exposições Colectivas

Vai e Vem e Vem e Vai, exposição com Leila Tschopp, curadoria de Antónia Gaeta, Galeria 3+1, Lisboa

Caras Leila e Mafalda,


O meu final de 2014 foi marcado por vários acontecimentos mais ou menos graciosos, com o fim da escrita da tese de doutoramento, com a volta de uma pessoa amada a Lisboa, com um indivíduo que resolveu ser stalker durante uma semana e, finalmente, com “um” alguém não identificado que decidiu começar a deixar bilhetes no banco da minha vespa estacionada na praça em baixo de casa. Por estranho que possa aparecer, este último acontecimento veio ajudar a ter mais ideias sobre o que queria para a exposição que iremos fazer juntas.
Os bilhetes, inicialmente sem qualquer tipo de interesse, cheios de banalidades e pensamentos desconexos, tornaram-se mais encriptados: já sem palavras, os bilhetes que encontrava logo pela manhã, eram folhas em branco assinadas com ** ou ∆ ou ✓ ou ¬¬ ou ainda ~ ¢ § ® ø Ø ∞ ≈
Essa troca unilateral de mensagens – à qual pus fim mudando de lugar de estacionamento – embora me tenha criado alguma inquietação, despertou a minha curiosidade porque estava certa de estar perante a descodificação de um código. Dei comigo a pensar que estes símbolos permitiriam a transmissão de micro mensagens, de micro informações, de material mais ou menos denso, de um conjunto de signos diversamente espaçados a proporcionar mecanismos linguísticos e composição visual.
Neste vai e vem da imaginação e para clarear as ideias, seguindo o aconselho de uma amiga, comecei a ler poesia concreta para, como ela repetia com alguma persistência, “parar de ler e apenas olhar para as palavras enquanto imagens”. E, por uma desejada coincidência, após leituras e leituras, empatizando com as palavras de Apollinaire “You will find here a new representation of the universe. The most poetic and the most modern”¹, deparei-me com uma poesia de José Lino Grünewald que é a seguinte:

Vai e Vem e Vem e Vai (2015)

Que tal partirmos de aqui?
Antonia

1 Guillaume Apollinaire, Calligrammes, 1918

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